Acusado de matar mulher em motel é condenado a 28 anos
Jurados do 3º Tribunal do Júri de Belém, presidido pela juíza Sarah Castelo Branco Rodrigues, votaram pela condenação de Adriel das Chagas Pincheiro, 35 anos, carpinteiro, acusado da morte de Lucia Ferreira de Azevedo, 32 anos. Por maioria dos votos os jurados acolheram a tese acusatória da promotora de justiça Rosana Cordovil, de ser o réu autor de homicídio qualificado com pena prevista de 12 a 30 anos de reclusão. A sentença foi anunciada por volta das 19h, dez horas após o inicio do júri. No total, foram ouvidas seis testemunhas, duas delas peritos que atuaram no caso. A pena do réu, fixada em 28 anos de reclusão, será cumprida em regime inicial fechado, numa penitenciaria do Estado. Na sentença, a juíza manteve a prisão do réu, negando-lhe o direito de apelar da condenação em liberdade. Em interrogatório prestado no júri e durante a fase de instrução do processo, o réu negou autoria do crime. Na versão do acusado, ele conheceu a vítima e que teve um caso com ela, que durou um mês. Ele alegou que nunca esteve no Hotel Novo Liz e que não é a pessoa mostrada oelas imagens das câmaras do motel. O acusado apontou um conhecido da região do Marajó, de nome Aziel, que estaria saindo com Lucia. O réu disse ainda que esse conhecido costumava encontrar com Lucia no quarto que o réu alugava, localizado numa vila no bairro da Sacramenta, em Belém. Peritos do IML identificaram nas imagens um homem com as mesmas características físicas, e uma elevação nas costas semelhante a um cisto nas costas, do lado direito. O homem mostrado pelas câmeras do motel apresentava características semelhantes, e o réu admitiu ter um cisto nas costas. A vítima foi encontrada morta na manhã do dia 01/07/2016, num dos quartos do motel Novo Lis localizado na rua João Diogo, Bairro da Campina, Belém. A perícia comprovou que a mulher foi vítima de asfixia mecânica e sofreu traumatismo craniano. Nas investigações, foi apurado que a vítima mantinha relacionamento amoroso com o réu, tendo esta telefonado para a outra mulher com quem o réu vivia, no município do Marajó, relatando o relacionamento entre ambos. Conforme depoimentos de funcionários do estabelecimento, a mulher chegou acompanhada de um homem, tendo pedido um quarto para pernoite. No meio da madrugada, o homem saiu, alegando que compraria um lanche. Pela manhã, os funcionários foram ao quarto para oferecer o café da manhã e encontraram a mulher morta, despida na cama, e no corpo a incrição “X 9 Cagueta”.