Jovem acusada de homicídio é condenada a 21 anos de reclusão
Jurados do 2º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, votam pela condenação de Iris Larissa Ledo Carvalho, 27 anos, acusada de homicídio qualificado contra Bruna Souza da Silva, 22 anos.
A pena da ré, agravada pelo fato da vítima estar grávida de seis meses, foi fixada em 21 anos de reclusão, para cumprir em regime inicial fechado.
Por maioria dos votos, os jurados acolheram a acusação sustentada pelo promotor de júri Edson Augusto Souza, segundo quem a ré é autora de homicídio qualificado pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A promotoria considerou que a ré excedeu a legítima defesa ao atingir a vítima com golpes de faca e pauladas de cano de ferro quando já estava imobilizada.
O defensor público Domingos Lopes Pereira sustentou que a ré agiu em legítima defesa própria e de terceiro - como tese alternativa, requereu aos jurados para votarem pela desclassificação do crime em homicídio privilegiado, não acolhidas pelos jurados.
A adolescente que à época morava com a ré e atualmente cumpre medida sócio educativa de internação em Centro Especializado Feminino, por participação no homicídio, compareceu ao júri e prestou declarações. A depoente relatou que a vítima foi ao kitnet onde ambas moravam, armada de faca, cobrar dívida de droga no valor de 120 reais, ocasião em que discutiram. A vítima teria investido com a faca que portava, em direção a seu rosto, sendo impedida pela ré, que a desarmou e a imobilizou. Em seguida, a ré passou a atingir a vítima com facadas e pancadas.
Em interrogatório prestado no júri, a ré também confessa sua participação e que agiu em sua defesa e da sua parceira.
O crime ocorreu por volta das 09h, do dia 21/04/2018, no interior da casa da ré, na Travessa Souza Franco, Bairro da Agulha, Distrito de Icoaraci.
Conforme acusação, a vítima foi até o kitnet onde a ré morava com a adolescente A.R.S.V, cobrar a quantia de R$.120, dívida contraída pelo consumo de droga.
