Acusado de participação em homicídio é absolvido por falta de provas
Os jurados do 3º Tribunal do Júri de Belém, presidido pela juíza Ângela Alice Alves Tuma, votaram nesta terça-feira, 25, pela absolvição de Cleyton Guedes Lima, 30 anos, conhecido como Ligeirinho. O acusado, que está preso por outro processo, respondeu por coautoria no homicídio qualificado que vitimou Luis Oswaldo Almeida Rodrigues, de 27 anos, conhecido como Rocão.
O júri, realizado no Fórum de Belém, durou pouco mais de duas horas. Nenhuma das três testemunhas convocadas compareceu para depor, sendo dispensadas.
A decisão dos jurados acolheu, por maioria dos votos, a tese do promotor de Justiça Edson Augusto Souza, compartilhada pelo defensor público Alex Noronha, e que sustentou a negativa de autoria, baseada nas declarações prestadas pelo réu em seu interrogatório.
Sem testemunhas presentes à sessão do júri, o réu foi o único ouvido e se declarou inocente das acusações. Cleiton Guedes confirmou que conhecia alguns dos acusados por serem moradores da mesma área e disse que participava de rodada de bebidas com eles.
Conforme acusação o crime ocorreu por volta das 22h, do dia 21/02/2010, quando a vítima foi surpreendida no interior de sua casa por dois inpíduos que efetuaram disparos de arma de fogo e atingiram o jovem com três tiros. Luis Rodrigues foi socorrido por familiares e levado ao Hospital Metropolitano de Urgência, mas morreu no dia seguinte.
Incialmente o caso foi tratado como latrocínio porque os atiradores levaram a carteira e o aparelho celular da vítima. Após ouvir testemunhas, a Polícia Civil concluiu se tratar de rixa entre integrantes das torcidas Terror Bicolor e Remoçada.
A polícia indiciou Renato Jessé Catanheda, já falecido, e Luan Bernardino Soares Araújo, conhecido como Mico. Posteriormente foram incluídos os réus Cleyton Guedes Lima e Maurício Gurjão Rodrigues, conhecido como Sabará.
Depoimentos de pessoas próximas da vítima relatam que Luan Bernardino Soares travou uma luta corporal com a Luis Rodrigues durante uma festa que acontecia no bairro do Jurunas e que Luan prometeu matar Luis Oswaldo. Ainda conforme a acusação a desavença entre ambos seria por integrarem torcidas organizadas de clubes rivais.
A companheira da vítima, que não compareceu para confirmar as acusações, contou que Cleyton Guedes, Ligeirinho e Luan Bernadino Araujo invadiram a casa da vítima e efetuaram os disparos de arma de fogo. Maurício Gurjão Rodrigues conhecido por Sabará, apontou onde residia a vítima e ficou esperando para dar fuga à dupla num veículo Cross Fox, cinza.
Todos os envolvidos foram mortos no decorrer do processo. Cleyton Guedes, o único que ainda está vivo, foi o último acusado a responder pelo crime, tendo a denúncia sido aditada por ele ter sido citado por um dos envolvidos.