Moto taxista é absolvido da acusação de homicídio
Os jurados do 1º Tribunal do Júri de Belém, sob a presidência do juiz Edmar da Silva Pereira, votaram, nesta segunda-feira, 13, pela absolvição de Rosemberg Plata dos Santos, 46 anos, mototaxista acusado de homicídio qualificado praticado contra Alex Pereira Raiol, 32, conhecido como Mata Gato, também mototaxista.
A decisão acolheu a tese da defesa de negativa de autoria promovida pelo defensor público Rafael Sarges, rejeitando a acusação sustentada pelo promotor de Justiça José Rui Barbosa.
A testemunha que presenciou o crime, ex-mulher do acusado, era feirante e suposto pivô do crime, mas não foi localizada pelo oficial de Justiça para sustentar sua acusação.
A defesa, por sua vez, trouxe uma testemunha, também mototaxista, que confirmou o álibi do réu. O depoente afirmou que estava com o amigo desde o dia anterior, bebendo e comemorando a virada do ano até parte da tarde do dia seguinte.
O crime aconteceu por volta das 14h do dia 01/01/ 2012, em frente à casa de um amigo da vítima, localizada na passagem F, no bairro Pedreira, em Belém. A vítima e a ex-companheira do réu, com quem estava se relacionando há cerca de sete meses, estavam bebendo e comemorando o ano novo.
Alex Raiol foi alvejado pelas costas, com três disparos de arma de fogo desferidos na frente da residência do amigo. Na ocasião, ambos estavam dançando e de costas para a rua e, após o primeiro disparo, a mulher viu que era seu ex-marido, que já havia feito ameaças ao novo namorado.
A acusação sustentou que a motivação foi em razão do réu não aceitar o fim do relacionamento e a ex-esposa estar namorando com outro homem. Numa ocasião anterior ao crime Rosemberg dos Santos teve uma desavença com a ex-mulher e Alex Raiol interferiu, chegando a desferir um disparo de arma de fogo, gerando a desavença entre ambos.
A feirante foi casada por 15 anos com o réu, tendo 5 filhos dessa união. A vida do casal foi marcada por denúncias de agressões à Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, e a Justiça determinou medidas protetivas para o mototaxista se manter afastado da mulher e dos próprios filhos.
